Sobre o Ranking
dos Municípios
A sexta edição do Ranking de Competitividade dos Municípios analisa o total de 418 municípios brasileiros, representando 60,28% da população do país, com base nos municípios com população acima de 80 mil habitantes de acordo com a estimativa populacional do IBGE para o ano de 2024.
O Ranking de Competitividade dos Municípios é composto por 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e três dimensões. A primeira dimensão abordada neste estudo, Instituições, é composta por dois pilares: Sustentabilidade fiscal e Funcionamento da máquina pública. A segunda dimensão em análise, Sociedade, é composta por sete pilares: Acesso à saúde, Qualidade da saúde, Acesso à educação, Qualidade da educação, Segurança, Saneamento e, por fim, Meio ambiente. Por último, a terceira dimensão em estudo, Economia, é composta por quatro pilares: Inserção econômica, Inovação e dinamismo econômico, Capital humano e Telecomunicações.
O levantamento tem como propósito alcançar um entendimento mais profundo e abrangente dos maiores municípios do país, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva que paute a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública local.
Ao mesmo tempo, o Ranking de Competitividade dos Municípios se configura como uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os municípios, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.
Objetivos
De forma resumida, os principais objetivos da elaboração do Ranking de Competitividade dos Municípios são:
- Incentivar a competição positiva entre os municípios, entendida como a busca dos agentes no município por melhorar o fornecimento de serviços públicos, atrair empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem;
- Permitir a obtenção de um amplo mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade, direcionando, de forma mais precisa, a atuação das lideranças públicas municipais para planejamento e atuação para aquilo que é prioritário;
- Valorizar casos de sucesso, promovendo a publicização e inspiração originada pelas boas iniciativas para que sejam aplicadas em outras localidades;
- Ser uma ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas;
- Ser um sistema de incentivo e de enforcement à melhoria para os líderes públicos e a sociedade no município;
- Possibilitar uma comparação simples, direta e concisa, entre localidades, de uma série de atributos institucionais, sociais e econômicos que são comumente de difícil mensuração e avaliação;
- Construir e disponibilizar uma ferramenta prática de auxílio e mobilização dos atores envolvidos nos processos de formulação e implementação de políticas públicas, tornando-as efetivas e baseadas em dados e evidências;
- Ser uma ferramenta de fomento e apoio à qualificação do ambiente de negócios no município, bem como de auxílio ao setor privado no direcionamento de investimentos.
Nossa Metodologia
Tratamento dos
dados
O tratamento dos dados é importante para possibilitar a agregação de indicadores de natureza heterogênea, haja a vista as diversas unidades de medida encontradas nos indicadores. Para tanto, foi adotado o critério min-máx de normalização dos indicadores, no qual se utilizam os valores máximo e mínimo de cada indicador para normalizar linearmente os dados entre 0 e 100, mantendo a dispersão original dos dados.
Ponderação dos indicadores
e pilares
Foram adotados quatro critérios de ponderação dos indicadores do ranking: I) Penalização de redundância: foram penalizados com redução do respectivo peso os indicadores que mostraram alta correlação com os demais indicadores do mesmo pilar, a partir de testes de correlação. Tal tratamento possibilitou que fosse incluído no ranking um maior número de indicadores, evitando, ao mesmo tempo, uma maior arbitrariedade na seleção dos indicadores.
Tratamento dos dados
O tratamento dos dados é importante para possibilitar a agregação de indicadores de natureza heterogênea, haja a vista as diversas unidades de medida encontradas nos indicadores.
Para tanto, foi adotado o critério min-máx de normalização dos indicadores, no qual se utilizam os valores máximo e mínimo de cada indicador para normalizar linearmente os dados entre 0 e 100, mantendo a dispersão original dos dados.
Este critério é amplamente adotado em diversos índices e rankings, como o IDH, e amplamente abordado na literatura acadêmica (CHOWDHURY e SQUIRE, 200614; OCDE, 2008; BARROS, 200315). A partir dos indicadores selecionados, {𝐵𝑖 : 𝑖 = 1, … , 𝑚}, normalizamos os dados através da seguinte fórmula: 𝐼𝑖 = ((𝐵𝑖 − 𝑚𝑖𝑛𝑖 ) / (𝑚𝑎𝑥𝑖 − 𝑚𝑖𝑛𝑖 )) ∗ 100, onde 𝑚𝑎𝑥𝑖 𝑒 𝑚𝑖𝑛𝑖 são, respectivamente, o limite superior e inferior para o indicador 𝑖.
Os dados foram normalizados entre 0 e 100, sempre obedecendo ao critério de quanto mais perto de 100, melhor. Assim, para indicadores que mensuram malefícios – ou seja, que quanto maior o índice, pior –, a normalização foi invertida. Como exemplo, no indicador de segurança pessoal, a UF com menor taxa de homicídio recebeu a nota 100 e o Estado com a maior taxa de mortalidade recebeu 0. Além disso, foi implementado um ajuste nos indicadores nos quais houve omissão de informação por parte de alguns Estados.
Com a intenção de incentivar a transparência na divulgação dos dados de interesse, foram penalizadas com o último lugar no ranking as UFs que não disponibilizaram informações para o referido indicador.
Ponderação dos indicadores e pilares
Foram adotados quatro critérios de ponderação dos indicadores do ranking:
I) Penalização de redundância: foram penalizados com redução do respectivo peso os indicadores que mostraram alta correlação com os demais indicadores do mesmo pilar, a partir de testes de correlação. Tal tratamento possibilitou que fosse incluído no ranking um maior número de indicadores, evitando, ao mesmo tempo, uma maior arbitrariedade na seleção dos indicadores.
II) Penalização de indicadores com grande dispersão: foram penalizados com redução do respectivo peso os indicadores com elevada variância, apurada com base no coeficiente de variação de Person (obtido pela razão entre o desvio padrão e a média). Tal tratamento teve por objetivo evitar uma influência excessivamente elevada dos indicadores de maior dispersão no resultado do respectivo pilar.
III) Bonificação de indicadores com maior carência: foram bonificados com aumento do respectivo peso os indicadores para os quais o desempenho médio das UFs mostrou-se mais desfavorável em relação ao benchmark internacional. Tal tratamento teve por objetivo incentivar os gestores públicos a priorizarem políticas públicas voltadas ao avanço dos indicadores nos quais os Estados brasileiros mostram maior carência.
IV) Avaliação de especialistas: por fim, a metodologia previa ainda o uso, em caráter parcimonioso, do chamado critério normativo, bastante utilizado em outros rankings e na literatura (CHOWDHURY e SQUIRE, 2006; DECANQ e LUGO, 2008 16 ). Foram consultados especialistas das diversas áreas para avaliarem se os pesos atribuídos se mostravam consistentes, tendo em vista a vasta experiência deles no estudo destas áreas.
Peso dos Pilares
Peso dos pilares no Ranking de Competitividade dos Municípios (Edição 2025)
Camadas ESD e ODS
Com a metodologia da SEALL, o Ranking dos Estados incorporou métricas de sustentabilidade, fomentando boas práticas voltadas à justiça, à equidade e ao desenvolvimento sustentável.
Os 100 indicadores do Ranking de Competitividade foram utilizados para mensurar critérios ESG (ambiental, social e governança) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O Ranking de Sustentabilidade dos Estados oferece ao setor público uma ferramenta exclusiva, com métricas amplamente adotadas pelo setor privado, orientando a formulação de políticas e ações em sustentabilidade.
Governos locais e regionais desempenham um papel crucial no cumprimento da Agenda 2030, atuando como agentes transformadores em seus territórios e na promoção do desenvolvimento sustentável.
Perguntas Frequentes
O Ranking de Competitividade dos Estados foi concebido pelo CLP em 2011, com o desenvolvimento técnico a cargo da Economist Intelligence Unit, com o intuito de gerar diagnósticos e direcionamentos para a atuação dos líderes públicos estaduais. Em 2015, em sua quarta edição, o trabalho passou a contar também com a contribuição técnica da Tendências Consultoria Integrada.
A partir da edição de 2021, o Ranking passou a ser concebido apenas pela Tendências. Em sua concepção atual, o ranking possibilita identificar, dentro de cada um de seus 10 pilares temáticos e 100 indicadores, quais são os pontos fortes e fracos que influenciaram a classificação final do Estado em cada um dos indicadores contemplados.
Já o Ranking de Competitividade dos Municípios teve a sua primeira edição em 2020, inspirado na metodologia aplicada aos estados, mas com adaptações à realidade local. Ele avalia aproximadamente 418 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, responsáveis por uma parcela significativa do PIB e da população. O ranking municipal é estruturado em 13 pilares e 65 indicadores e 3 dimensões, que abrangem temas como sustentabilidade fiscal, funcionamento da máquina pública, educação, saúde, meio ambiente, inovação e inserção econômica. Seu foco é medir a qualidade da gestão local e da vida urbana, oferecendo aos prefeitos, gestores municipais e câmaras de vereadores uma base comparativa para aprimorar políticas públicas e serviços voltados diretamente ao cidadão.
Adotar uma visão sistêmica significa compreender que os indicadores dos Rankings são complementares e devem ser analisados dentro do conjunto das ferramentas, e não de forma isolada.
Um exemplo claro está nos indicadores de Saneamento Básico. Um estado que apresente baixo custo de saneamento, mas que não ofereça serviços adequados de abastecimento de água e esgotamento sanitário, pode ser bem avaliado nesse indicador específico, que mede o custo. No entanto, esse mesmo estado será penalizado em outros indicadores, como Cobertura de Coleta de Esgoto, Tratamento de Esgoto e Perdas de Água.
Nesse sentido, situações de trade-off (acesso x qualidade x custo) aparecem em diversas áreas avaliadas pelas ferramentas, como educação, saúde e saneamento. Assim, apenas ao observar o conjunto dos indicadores é possível ter um retrato fiel da competitividade de um estado.
O Ranking utiliza sempre o dado mais recente disponível e publicizado pelas fontes oficiais no momento da consolidação da edição. Dessa forma, garantimos que os indicadores reflitam a realidade mais atual possível, respeitando a periodicidade de atualização de cada base de dados.
A metodologia dos Rankings envolve a atribuição de pesos, garantindo que cada componente tenha influência proporcional na nota final.
- Cada pilar possui um peso específico, que é público e pode ser consultado pelos usuários, assegurando transparência sobre sua relevância na composição do resultado.
- Cada indicador, dentro de seu respectivo pilar, também recebe um peso. Esses pesos, no entanto, não são divulgados, pois o CLP e suas parceiras técnicas consideram essa informação estratégica.
Ainda assim, o Relatório Técnico dos Rankings, disponibiliza gráficos e análises explicativas que permitem compreender de forma clara a relevância relativa de cada indicador em seu pilar, fortalecendo a legitimidade e a clareza da metodologia.
Os dados brutos, extraídos diretamente de bases públicas, passam por um processo de normalização pelo critério min-máx. Nesse método, são utilizados os valores mínimo e máximo de cada indicador para padronizar os resultados em uma escala de 0 a 100, preservando sua dispersão original.
- A Unidade da Federação (UF) ou município com pior desempenho no indicador recebe nota 0.
- A UF ou município com melhor desempenho no indicador recebe nota 100.
Esse processo é fundamental, pois permite a comparação e agregação de indicadores heterogêneos, que possuem diferentes unidades de medida (como percentual, taxa ou valor absoluto).
Os Relatórios Técnicos anuais de ambos os Rankings apresentam explicações detalhadas sobre a normalização, incluindo a fórmula utilizada e outros aspectos técnicos, reforçando a transparência da metodologia.
Os Rankings de Competitividade possuem quatro principais aplicações que os tornam ferramentas estratégicas para a gestão pública:
- Avaliação da Administração Pública – permitem mensurar o desempenho dos estados e municípios em diferentes áreas, oferecendo uma visão objetiva sobre avanços e desafios.
- Sistema de incentivo para líderes públicos – estimulam governadores e prefeitos a buscar melhores resultados, criando um ambiente saudável de comparação e competição positiva.
- Ferramenta de diagnóstico e definição de prioridades – apoiam gestores na identificação de gargalos e na escolha das áreas que devem receber maior atenção e investimento.
- Promoção de boas práticas – destacam iniciativas de sucesso, favorecendo a disseminação de experiências que podem ser replicadas em outros contextos.
O Ranking de Competitividade dos Estados é estruturado a partir de 10 pilares e 100 indicadores, organizados de forma a refletir os principais fatores que determinam a competitividade e sustentam o desenvolvimento de longo prazo.
O Ranking de Competitividade dos Municípios é composto por 3 dimensões centrais – Instituições, Sociedade e Economia – que se desdobram em 13 pilares e 65 indicadores. Cada indicador está vinculado a um pilar específico, que, por sua vez, integra uma das três dimensões. Essa estrutura garante uma análise equilibrada, capaz de captar diferentes perspectivas do desenvolvimento municipal e oferecer uma visão sistêmica dos avanços e desafios de cada cidade.
Todos os indicadores selecionados para compor os Rankings seguem critérios rigorosos, que asseguram sua qualidade e relevância:
- Mensuração de atividades-fim: priorizam resultados efetivos, evitando indicadores de processos ou atividades-meio.
- Abrangência e representatividade: refletem de forma consistente a realidade nacional e regional.
- Capacidade de capturar trade-offs: consideram a relação entre acesso, qualidade e custo.
- Fonte externa e de referência: utilizam bases públicas ou reconhecidas nacional e internacionalmente.
- Atualização periódica: garantem comparabilidade e confiabilidade ao longo do tempo.
Diversos indicadores do Ranking de Competitividade dos Estados utilizam o Produto Interno Bruto (PIB) estadual como denominador de cálculo. Para essas estimativas, o Ranking adota a metodologia desenvolvida pela Tendências Consultoria, instituição de reconhecida credibilidade em análises e projeções macroeconômicas.
Os detalhes completos sobre a metodologia de cálculo do PIB podem ser consultados no Relatório Técnico do Ranking, que apresenta as premissas e procedimentos utilizados na elaboração das estimativas.
Sim. Estamos abertos a receber sugestões de aprimoramento dos Rankings de Competitividade, tanto para a inclusão de novos indicadores quanto para ajustes metodológicos nos já existentes.
As propostas recebidas são analisadas pelo Comitê Crítico, formado por especialistas de reconhecida experiência nas diferentes temáticas, que avaliam a pertinência e definem o que pode ser incorporado. Pelo nosso site oficial é possível enviar diretamente as suas sugestões. É importante destacar, no entanto, que todos os indicadores que compõem os Rankings devem atender a critérios básicos, entre os quais se destacam:
- Indicador finalístico: deve medir resultados (atividades-fim), evitando indicadores de processos ou atividades-meio;
- Atualização periódica: precisa ser atualizado regularmente, garantindo confiabilidade e comparabilidade ao longo do tempo;
- Disponibilidade pública (transparência): deve ter origem em bases de dados públicas ou ser calculado a partir de informações primárias de acesso público.
Essa abertura ao diálogo busca reforçar a transparência e a legitimidade dos Rankings, além de assegurar que eles se mantenham como ferramentas confiáveis e úteis para a formulação de políticas públicas.
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